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Noticia

8 de abril de 2019

Entrevista com Antonio Freitas, presidente da Câmara de Educação Superior do CNE

“Fazer cumprir a Constituição e a LDB” é a prioridade do presidente da Câmara de Educação Superior do CNE (Conselho Nacional de Educação), professor Antonio Araujo Freitas Junior. Em entrevista ao nosso site, o prof. Freitas fala sobre a importância da ANGRAD estar representada no CNE e como poderá ajudar a promover um ensino superior de qualidade no Brasil. O professor Freitas é também conselheiro consultivo da ANGRAD, da qual foi presidente entre 2006 e 2009. Confira:

 O que significa para a ANGRAD ter um representante no CNE?

Mostra a legitimidade que a associação tem no cenário educacional brasileiro e a importância do desenvolvimento do ensino da Administração no Brasil. É um momento muito importante para que as escolas de Administração venham adquirir uma posição de relevância maior no país.

 Qual a sua prioridade no CNE?

É fazer cumprir a Constituição e a LDB. A educação é um direito de todos, obrigação do Estado, que deve oferecer uma educação de qualidade em todos os níveis. Educação, saúde e segurança são prioridades do Estado. Investimentos como estradas aeroportos, por exemplo, podem ser feito pela iniciativa privada. Meu desafio e o da ANGRAD no CNE é fazer cumprir esses preceitos.

 Quais as atribuições da Câmara de Educação Superior?

Primeiro é oferecer as diretrizes para a educação no Brasil. Vamos vislumbrar coisas tais como criar formas de financiar a educação do mais pobre, como autorizar cursos em regiões mais carentes. E além do mais, zelar pela qualidade da educação, ajudando a melhorar o ensino nas escolas com avaliação baixa, ao invés de puni-las ou até mesmo fechá-las. Promover a qualidade e a equidade por meio de parcerias com outras instituições, mais fortes. Não podemos nos dar ao luxo de fechar escolas quando há uma multidão querendo estudar e não pode.

 Qual o foco da Câmara para melhorar a qualidade do ensino superior no Brasil?

Primeiramente, a Câmara de Educação Superior precisa entender o país.  Além de avaliar escolas, criar critérios, é importante que conheçamos o Brasil. E como fazer isso? Com reuniões em vários estados, com audiências públicas, onde diversas pessoas daquele estado ou região vão se pronunciar e relatar o que está acontecendo. Dessa forma, reunimos informações relevantes para avaliar a realidade de cada região e tomar medidas mais adequadas. Porque hoje se usa uma única métrica para avaliar uma escola no grande Rio e no interior de Alagoas, por exemplo. Não podemos avaliar os diferentes de uma mesma forma. Precisamos ter uma avaliação mais conectada com as realidades regionais.

 Como você pode contribuir enquanto presidente da Câmara de Educação Superior do CNE?

Batalhando por esses pontos que eu descrevi e trabalhando para ajudar a todos a frequentar uma escola superior de qualidade. Outro ponto é a união com a educação básica, tratando o problema da evasão, que aumenta consideravelmente no ensino médio. Se os jovens não se qualificarem, até a previdência pode quebrar. Para isso defendo o ensino tecnológico, para que o aluno se motive mais adquirindo uma profissão para depois, se desejar, continuar seus estudos na educação superior. É preciso entender também que Educação é um problema de segurança nacional. Se não trouxermos cada vez mais as pessoas para setores produtivos da sociedade, aumentam as chances de se tornarem criminosas, improdutivas e infelizes.

 Deixe uma mensagem para associados e parceiros.

Uma instituição sozinha, trabalhando isoladamente, tem poucas chances no mundo competitivo em que vivemos. A palavra mágica é sinergia. Se as escolas pequenas, médias e grandes, especialmente as duas primeiras, se unirem em sinergia, todas passam a ter voz, podendo dialogar com instituições e autoridades da Educação. É uma atitude inteligente se unir à ANGRAD pois, a um custo baixo, se tem acesso ao CNE, ao MEC, ao INEP. Unidas, as instituições de ensino terão acesso a vantagens que individualmente não teriam. A ANGRAD, sendo o locus de atração das escolas para o ensino de qualidade, é a instituição que interage com o MEC, enquanto os conselhos se ocupam da prática profissional.

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